terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Liberdade e responsabilidade nos relacionamentos




"Tudo me é lícito mas nem tudo me convém, todas as coisas me são lícitas mas eu não me deixarei dominar por nenhuma"
                                                                            Apóstolo Paulo


A águia é uma das figuras metafóricas, que retratam a liberdade, mais conhecidas no mundo. A sua capacidade de alçar vôos altos e se colocar próximo das nuvens, lhe dão um privilégio que poucas aves tem. A águia também é conhecida pela responsabilidade e cuidados que tem para com os seus filhotes, escondendo-os em seu ninho no mais alto das penhas e rochas das montanhas, em locais quase inacessíveis para o ser humano comum, ali ela os alimenta, protege e os treina para serem as grandes águias que se tornarão no futuro.

Os relacionamentos dos seres humanos, para serem prósperos e felizes, precisam destes dois ingredientes também, liberdade e responsabilidade, sem os quais relação nenhuma será saudável e duradoura.

Noto que devido a formação cultural, temperamento herdado, traços de personalidade entre outros fatores, contribuem para que uma pessoa desenvolva em seus relacionamentos mais um desses aspectos do que o outro, contudo acredito também que aos poucos, com perseverança e objetividade, podemos e devemos aprender a ser cada dia mais responsável com o próximo nos nossos relacionamentos e deixar espaço para que as pessoas exerçam a sua liberdade.

Livres para expressar idéias, tomar atitudes, crescer como indivíduos, fazer escolhas e tomar decisões, sem que a censura e a crítica de nossa parte, esteja sempre presente de forma contundente.

Nos relacionamentos devemos pensar menos de forma individual e mais de forma coletiva.

Aquilo que faço é para o bem comum ou só vai favorecer a minha pessoa? O que faço vai afetar positivamente ou negativamente minha esposa, meus filhos, minha família, meus colegas de trabalho? Minha atitude esta edificando uma sociedade melhor ou contribuindo para que haja mais problemas sociais entre as pessoas? Na igreja sou um agregador de pessoas ou um segregacionista, que vive semeando contendas entre os irmãos com minhas palavras ditas irresponsavelmente? Refletir sobre estas questões e outras semelhantes nos auxiliam na auto-avaliação. O grande apóstolo Paulo ensinava que o homem deve examinar a si mesmo. Quando agimos assim pensamos em liberdade sem esquecer das responsabilidades.

Deus deu a nós mortais uma dádiva que é uma benção mas que pode se tornar a nossa maldição, Deus nos deu o livre arbítrio, atributo que deve ser desfrutado com toda a responsabilidade, sempre lembrando que o meu direito e a minha liberdade se encerra quando começa o direito e a liberdade do outro.

Na vida podemos adotar algumas posturas, duas muito conhecidas são as do ajudador e a do oportunista.

O ajudador esta sempre procurando uma forma de contribuir para o bem comum, dedicado a construir relacionamentos saudáveis esta sempre se prontificando a apoiar, colaborar, somar, enfim, sua visão é sempre holística, integral, vendo-se parte do todo, busca dar a sua parcela de contribuição sem explorar a boa vontade do próximo.

Já o oportunista é diferente, ele vive se economizando, sempre explorando o máximo possível os outros e as circunstâncias, sempre buscando levar a melhor sem importar se as suas atitudes vão ferir, magoar, entristecer, causar dor ou sofrimento, contanto que seus objetivos, alvos e metas pessoais sejam alcançados, os outros que se virem com seus problemas, ele é egocêntrico.

Tanto o ajudador como o oportunista fazem uso de sua liberdade, a grande diferença esta na forma de encarar as suas responsabilidades. Um pensa sempre em si e nos outros, já o outro tem sua visão constantemente embaçada pelo egocentrismo.

Nesse dia chamado hoje, eu te convido a junto comigo fazermos uma reflexão:

Temos sido mais ajudadores ou oportunistas? É tempo de mudarmos nossa conduta, revermos nossas posições. Plantar sementes que darão flores e frutos para nossa alegria num futuro não muito distante.

Todos fomos abençoados com o livre-arbítrio, o que faremos com esta benção, com esta dádiva divina? Vamos amar a Deus, ao próximo e a vida ou vamos contribuir para o inferno existencial de alguém? 

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