quarta-feira, 28 de maio de 2014

Cuidado com a religiosidade morta! Mt 6.1,2,5,7,15,16,21,23 e 31-34


Jesus sempre foi muito amoroso com as pessoas, suas palavras sempre apareciam carregadas de afeto, cuidado, respeito e auxílio a quem necessitava. Por várias vezes nos evangelhos Jesus aparece ajudando pessoas:

·       Curando paralíticos
·       Restaurando a saúde de uma mulher com uma infecção que lhe causava febres
·       Sarando completamente dez homens das chagas da hanseníase, popularmente conhecida como lepra
·       Curando uma mulher de uma hemorragia que a perseguia a anos
·       Libertando pessoas de demônios que as oprimiam
·       Curando surdos e mudos
·       Perdoando e livrando de uma vida de aflição uma mulher adúltera
·       Ressucitando pessoas que haviam morrido

O evangelho mostra Deus do lado dos pobres e necessitados, enquanto caminha pela Palestina na figura de Jesus, o Cristo encarnado,  O Filho de Deus, O Príncipe da Vida vem morara com os homens e lhes socorrer não de fora para dentro, como se estava acostumado a pensar e ver, mas de dentro para fora. Deus na pessoa de Cristo se insere na dor humana para propor a implantação de um Reino, o seu Reino onde as mudanças seriam radicais. Onde para ser grande precisa se tornar como uma criança. Para ser rico precisava aprender dividir o que se tem. Para ser honrado não era para procurar pessoas ricas e poderosas para ser sua companhia, antes deveria ser dado banquetes para moradores de rua, marginalizados da sociedade, gente que ao ser abençoada, não teria como retribuir o favor.
No entanto, em outras passagens do evangelho, Jesus se torna ríspido, duro, severo em seus discursos. Sua fala deixa o tom amigável e sereno para se tornar rude, exortativo e extremamente repreensivo, com relação aos seus ouvintes. Para se entender as escrituras ou qualquer outra obra literária, precisamos compreender o contexto em que a obra está inserida.

As palavras de Jesus sempre ganharam um tom pontiagudo, quando entre os seus ouvintes, em seus auditórios improvisados, na praia, nos montes ou nas planícies, estavam os “poderosos”, os líderes religiosos da época e os ricos. A censura de Jesus nuca foi diretamente ao poder adquirido, a religião em si ou as riquezas. A censura de Jesus sempre se alicerçou, na maneira com que os homens lidavam e lidam até hoje com estas três facetas da vida.

No texto de Mateus capítulo seis, Jesus está dando continuidade ao seu discurso, conhecido como sermão da montanha, nele, Jesus passa a pontuar situações onde o poder, a religião e as riquezas, destroem a alma humana e lhe rouba o seu sentido de existência maior, que é o que havia acabado de retratar nas bem – aventuranças, já citadas por Mateus, no capítulo 5.1-11. Onde os valores do Reino de Deus, são expostos de maneira oposta aos valores dos reinos deste mundo, onde quem é valorizado é quem tem muito dinheiro, muita fama e muito poder. Na proposta do reino explícita por Jesus, quem é visto com olhar de aprovação, não são os que os reinos deste mundo valorizam, mas os indefesos, fracos e que por não terem em que se apoiarem, fazem de Deus seu único recurso e última esperança.

Assim podemos afirmar que o Reino de Deus se opõem a algumas práticas, até comuns e respeitadas pelos reinos deste mundo, mas que são reprováveis diante de Deus, por que para Ele a intenção é tão importante quanto a ação.      

 Para Deus a boa ação, a caridade e o ato de bondade, só tem valor em si se o objetivo não for a autopromoção e sim o amor ao próximo em resposta ao amor de Deus vs 1-2

·        Deus abomina a hipocrisia: definição da Wikipédia para isto: A hipocrisia é o ato de fingir ter crençasvirtudesideias e sentimentos que a pessoa na verdade não as possui. A palavra deriva do latim hypocrisis e do grego hupokrisis ambos significando a representação de um ator, atuação, fingimento (no sentido artístico). Essa palavra passou mais tarde a designar moralmente pessoas que representam e que fingem comportamentos. Um exemplo clássico de ato hipócrita é denunciar alguém por realizar alguma má ação enquanto realiza a mesma ação.

·       Ler do vs2-6 – Isto não significa que não se pode falar ou divulgar o que se faz, o problema aqui está em saber com qual objetivo se fala ou se divulga.

·       Por exemplo quando falamos das ações sociais que fazemos é para atrair mais pessos, recursos e despertar atitudes semelhantes no outro ou é para as pessoas dizerem: Óh! Com eles são “bonzinhos”?

·       A intenção do coração é que gera a hipocrisia religiosa. Sendo assim com qual objetivo nós fazemos o bem?

2º Para Deus a oração não deve ser feita de forma irrefletida, repetitiva, rotineira, sem reflexão, apenas com repetições religiosas vazias. Ela deve ser fruto de um coração que quer dialogar com o Pai. Fica claro que o valor maior na está na quantidade que se ora, mas na qualidade desta oração. Os dois fatores são importantes, mas a qualidade é indispensável.

·       A Oração deve se alicerçar na busca da intimidade com Deus - vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está no secreto v.6

·       IL. DIÁLOGO DOS APAIXONADOS – CHEIO DE GENTE POR PERTO E PARECE QUE SÓ ESTÃO OS DOIS. – SOZINHOS NO MEIO DA MULTIDÃO

·       A oração deve se alicerçar na discrição e não na vontade de se autopromover – Jesus disse que os hipócritas oram a fim de serem vistos pelos homens v.5 – mais uma vez fica claro que o problema não é o local, a altura da voz, as palavras que estão sendo usadas – o problema esta na intenção do coração.

3º Para Deus viver e compartilhar valores é muito mais importante do que apenas recebe-los. v.15

·       Aqui a ênfase de Jesus foi em perdoar para ser perdoado, ou seja compartilhe o que você vem recebendo, senão até o que você recebeu você pode perder.
·       O evangelho trabalha o tempo todo com esta ideia de compartilhar, que é o que Jesus reafirmou de outra forma várias vezes.

4º Para Deus a ação do Reino na vida do indivíduo começa com a mudança na maneira de olhar. vs. 22-23

·       Jesus sabia que os olhos alimentam a alma v.23

·       Jesus sabia que os olhos alimentam a ganância v. 19-21: Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas acumulem para vocês tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam. Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração. Aqui Jesus não está condenado a “caderneta de poupança”, mas a avareza, a usura, a “mesquinhesa”, onde eu nunca posso doar nada, porque nunca tenho bastante para compartilhar.

5º Para Deus o participante do seu Reino deve estar muito mais preocupado em promover justiça do que em usar os recursos do Reino para suas demandas pessoais vs 25-34 – É preciso deixarmos de ser egocêntricos para sermos outrocêntricos – o foco deixa de ser eu para ser o outro – isto é reino de Deus

·       O Filho do Homem não veio para ser servido para servir

·       Jo 13 – o lava pés - Se vocês conhecem estas coisas bem aventurados são se as praticardes
·    Este é o grande problema da Teologia da prosperidade – O EU É QUE DEVE SER AJUDADO – APOIADO – SOCORRIDO POR DEUS O TEMPO TODO

CONCLUSÃO

1.     O reino de Deus começa a ser implantado quando as nossas intenções são alteradas.
2.     O Reino de Deus precisa ser para nós o nosso tesouro, porque onde estiver o nosso tesouro, estará o nosso coração.

3.     O Reino de Deus precisa ser buscado e implantado em justiça – um dos maiores problemas da humanidade foi e é a injustiça.

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