sexta-feira, 13 de junho de 2014

Lições sobre o Reino de Deus que aprendi com Jesus - Mateus 14


              Os fatos narrados por Mateus no capítulo 14 poderiam ser divididos em quatro partes principais, para nossa melhor compreensão:

1ª Lição: Ser um agente do Reino de Deus aqui na terra, muitas vezes implica em grandes sacrifícios, como neste caso, a prisão e a morte de João Batista. Vs. 1-11. Aqui João é preso porque denunciou o adultério de Herodes, por ter se casado com sua cunhada. Ele queria matar João, mas tinha medo do povo judeu se revoltar, pois estes criam que João era profeta. Heródes como representante de Roma na região, a última coisa que desejava era uma revolução que chamasse a atenção do César, o qual poderia o destituir de seu papel de governador. Contudo em uma festa que ele deu em seu palácio, a filha de Herodias, sua esposa, dançou e o encantou e este lhe prometeu dar o que ela pedisse. Ela instruída pela mãe pede a morte de João Batista. O rei para não ser envergonhado perante a multidão manda matar João.  

2ª Lição: Como agente do Reino de Deus aqui na terra, precisamos aprender a nos humanizar e chorar quando temos que chorar e sorrirmos quando temos que sorrir. Alegrem-se com os que se alegram; chorem com os que choram. (Rm 12.15). Uma espiritualidade cristã verdadeira não nos torna secos, duros e insensíveis de maneira alguma, antes nos quebranta a alma e o coração. A notícia chega até Jesus da prisão e morte de João Batista, que ao saber disso, vai para o deserto. Vs 12-13. Quando João é morto, foram dar a notícia para Jesus, o qual sai para um lugar deserto. Mateus não relata o que ele foi fazer, mas eu imagino. A bíblia diz que em tudo Jesus foi semelhante a nós. Pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado. (Hb 4.15). Jesus quando veio a terra se esvaziou de sua divindade e esse tornou como nós homens: Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz! (Fp 2.5-8). Jesus deve ter sentido uma dor enorme no peito pela preda daquele que era seu primo, como seu precussor, veio preparando o seu caminho, e ainda foi aquele que o batizou. Há momentos que a tristeza é tão intensa que só a solidão é que nos ajudará a vencer a aflição daquele momento.  

3ª Lição: Como agentes do Reino de Deus aqui na terra, precisamos aprender que o egoísmo não pode ser a marca de quem pertence a este Reino. Jesus veio para o deserto, para ali ficar só, devido a dor que estava em seu peito, mas vendo a necessidade das pessoas, lhes curou, acolheu e alimentou. As multidões ao saberem para onde Jesus foi, o acompanham e ele faz a primeira multiplicação de pães e peixes. Vs 13-23. Mateus narra que Jesus atravessou o Mar de Tiberíades ou Mar da Galileia.  

Me deixa falar um pouco sobre este Mar:

Segundo a Wikipédia: O mar da Galileia, também é chamado de mar de Tiberíades ou lago de Genesaré. Ele é um extenso de água doce, que faz fronteira entre Israel, Cisjordânia e Jordânia, com comprimento máximo de cerca de 19 km e largura máxima de cerca de 13 km. Na moderna língua hebraica é conhecido por Yam Kinneret. O seu afluente principal é o rio Jordão, que vem do monte Hermon e de Cesareia de Filipe, e que é também o seu efluente, seguindo depois para o mar Morto. O Mar da Galileia fica a 213 metros abaixo do nível do mar Mediterrâneo e é considerado um mar isolado por não ter nenhuma ligação com outros mares ou oceanos. Nos tempos do Novo Testamento, ficavam nas suas costas a cidade de Tiberíades, fundada por Herodes Antipas, Cafarnaum, Betsaida e Genesaré, entre outras, no tempo da infância de Jesus. Hoje Tiberíades é a localidade principal nas margens do lago. A nordeste deste lago ficam os montes de Golã. Grande parte do ministério de Jesus Cristo decorreu nas margens do lago de Genesaré. Naqueles tempos, havia uma faixa de povoamentos à volta do lago e muito comércio e transporte por barco. No entanto, sabe-se que a Galileia era uma região mais pobre do que a Judeia, de modo que a população do local atravessava momentos difíceis durante o primeiro século da era cristã.O Evangelho segundo Marcos (1:14-20) e o Evangelho segundo Mateus (4:18-22) descrevem como Jesus recrutou quatro dos seus apóstolos nas margens do lago de Genesaré: o pescador Pedro e seu irmão André, e os irmãos João e Tiago. Um famoso episódio evangélico, o Sermão da Montanha, teve lugar numa colina com vista para o lago e muitos dos milagres de Jesus também aconteceram aqui.
 
Em 135, os judeus foram derrotados na terceira guerra judaico-romana, também chamada revolta de Bar Kohba. Os romanos responderam com o exílio forçado de todos os judeus de Jerusalém. O centro da cultura judaica passou então a ser esta região do Quineret, particularmente a cidade de Tiberíades. Foi provavelmente nesta região que o chamado "Talmud de Jerusalém" foi compilado.
 
Na atualidade com as invasões dos árabes e a longa ocupação dos turcos otomanos na região que durou até ao fim da Primeira Guerra Mundial, a Galileia bíblica foi praticamente toda destruída, de modo que restaram apenas algumas ruínas das antigas cidades que ficavam nas proximidades do lago, hoje muito visitadas pelos turistas em Israel. O lago de Genesaré ou mar da Galileia, recebe água principalmente do rio Jordão, que é também o seu efluente a sul, drenando para o mar Morto, formando com este o conjunto mais notável de acidentes geográficos no vale do Jordão, formado pela separação das placas tectónicas africana e arábica. Hoje ele constitui um recurso hídrico, ou seja, um fornecedor de águas, de enorme importância para Israel. Há canalizações que permitem o abastecimento de cidades com água doce e para irrigação de campos, essencialmente na zona do deserto do Negev. É o lago de água doce mais baixo do mundo, situando-se 213 m (em média) abaixo do nível médio das águas do mar. A sua profundidade máxima é de 43 m.

 Aqui Jesus ao descer do barco já encontra a multidão lhe esperando. Ele queria solidão, mas o que encontrou foram muitos doentes os quais curou. Já à tarde, os discípulos pediram que Jesus mandasse o povo para suas casas, pois a noite estava chegando. Na companhia de Jesus muitos não viam a hora passar. Jesus então se preocupa com as pessoas porque eles passaram o dia ali e com certeza tinham fome. Jesus olha para aqueles 5.000 homens sem contar as mulheres e as crianças, e que alimenta-los. Eles não tinham nada para alimentar o povo. O que apareceu foi 5 pães e 2 peixes. Jesus pediu que trouxessem para ele. Ele orou, agradeceu ao Pai e começou servir a multidão sentada na relva. Todos se alimentaram e ainda sobrou 12 cestos cheios. Aqui podemos aprender que: O pouco que temos nas mãos de um Deus grande se multiplicará. Era apenas 5 pães e 2 peixes nas mãos dos apóstolos. Nas mãos de Jesus, alimentou 5.000 homens mais mulheres e crianças. Detalhe após uma oração de gratidão. Como vai a sua gratidão para com Deus?

 
4ª Lição: Como agentes do Reino de Deus aqui na terra, acredito que a maior lição deste texto para nós aqui hoje é o cuidado de Jesus com quem pede socorro.  Jesus manda seus discípulos a atravessem o Mar da Galileia. Após despedir a multidão, Jesus vai orar e pede para seus discípulos irem embora, agora chegou a hora dele chorar um pouco diante de Deus a perda de seu primo, precussor e amigo, João Batista. Enquanto ele fica ali orando uma forte tempestade se levanta contra a embarcação de seus seguidores. Eles como pescadores experientes lutam pela sobrevivência, mas não conseguem chegar as margens do outro lado. Jesus na última vigília da noite vai ao encontro deles andando sobre as águas (3-6h da madrugada). Eles já tinham remado pelo menos 9 horas desde que saíram das margens. Você conhecem os fatos. Os discípulos se assustaram por imaginarem que era um fantasma. Jesus os acalmou com sua voz. Pedro pediu para ir ao seu encontro. Ele andou sobre as águas enquanto não se concentrou na tempestade. Porém quando desviou sua atenção de Jesus para o vento forte, ele teve medo, e clamou por socorro. Jesus o colocou são e salvo no barco e lhe interrogou dizendo: Homem de pequena fé, porque você duvidou? Pedro foi muito corajoso quando ousou descer do barco em uma tempestade. Pedro foi extremamente convicto quando andou sobre as águas. Pedro nos deixa o exemplo de um homem que certo da vontade de Deus, não teme enfrentar nada, antes se lança com confiança na vida mediante a palavra de Cristo. Contudo Pedro me lembra que sou humano e não consigo ser perfeito. Que um instante eu estou caminhando sobre as águas do mar em meio a tempestades e outra hora eu vacilo em minha fé e me encontro quase morrendo afogado. Quase naufragando. Pedro me ensina que Jesus me ama e eu posso confiar nele, sabendo que ele não me deixará naufragar. Eu posso até falhar, mas ele não deixará de me querer bem e de apostar em mim. Deus acredita em você!

 CONCLUSÃO

 ·       A vida de Jesus nos ensina maravilhosas lições.

·       A vida de Jesus nos ensina que o seu cuidado com as pessoas, sempre esteve presente e é algo do qual me admiro muito.

·       No final do texto encontramos Jesus novamente se encontrando com as pessoas e estas sendo curadas por ele, apenas por tocarem em sua roupa:

Após atravessarem o Mar Jesus é encontrado por uma multidão que lhe traz muitos doentes que apenas ao tocar em seu manto eram sarados.

·       Nosso papel como igreja e como cidadãos, do Reino de Deus, é curar vidas, conforme nós nos encontramos com elas.

·       Nosso papel é chorar com os que choram e se alegrar com os que se alegram.

·       Nosso papel é alimentar os famintos, com o pão do céu que é a palavra, mas sempre que necessário, socorrer as pessoas também em suas necessidades pertinentes a sua humanidade.

·       Nosso papel é promover bondade, justiça e liberdade

·       Jesus disse: E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará. Eles lhe responderam: Somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém. Como você pode dizer que seremos livres? Jesus respondeu: Digo-lhes a verdade: Todo aquele que vive pecando é escravo do pecado. O escravo não tem lugar permanente na família, mas o filho pertence a ela para sempre. Portanto, se o Filho os libertar, vocês de fato serão livres. João 8.32-36

·       Jesus afirmou: Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça Mateus 6:33
Autor do texto: Pastor Davi Alencar Santana
 










 
 

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