quinta-feira, 6 de março de 2014

Os nossos relacionamentos interpessoais


                           


Todos nós nascemos como seres sociais, ou seja fomos criados com a possibilidade real e indispensável de se relacionar com outras pessoas. Durante a vida vamos conhecendo outros seres humanos e com eles vamos aprendendo a falar, a ouvir, a compreender, a se comunicar com mais eficiência.

As principais influências neste sentido, quando crianças, recebemos de nossos pais, irmãos ou de quem cuidava de nós quando estávamos nos primeiros anos da infância, assim absorvemos suas qualidades na comunicação, porém muitos de seus defeitos vieram juntos.

Ao longo da vida, estas qualidades e defeitos na forma de se comunicar e se relacionar com as pessoas, pode ser ajustado e aperfeiçoado, o que geralmente é o que a maioria de nós faz, contudo as vezes não evoluímos na nossa habilidade relacional, porque talvez ao encontrarmos dificuldades nos relacionamentos a gente queira sempre que os outros alterem o seu padrão comportamental para se adequarem ao nosso e isso muitas vezes não acontece, gerando em nós frustrações enormes.

Aprendi na prática que só existe uma maneira de se consolidar ou crescer em qualidade e quantidade nos relacionamentos interpessoais, se quisermos melhorar neste aspecto de nossas vidas devemos antes de tudo, alterar primeiro a nossa forma de ser, assim podemos mudar o mundo, mudando primeiro nosso jeito de ser.

Isto é importante ressaltar porque, nós não vemos o mundo como ele é, mas enxergamos o mundo como nós somos.

Toda vez que mudamos algo em nosso interior o reflexo é automático no mundo exterior, isto porque vivemos em quatro realidades:

   Vivemos na realidade física
   Vivemos na realidade psicológica
   Vivemos na realidade espiritual
   Vivemos na realidade emocional

Cada um de nós esta inserido nestes quatro contextos e por diversas vezes somos afetados por eles e nem percebemos, porque o nosso foco está única e exclusivamente voltado para o mundo material e físico, mas a partir de hoje uma vez que estamos repensando nossos relacionamentos interpessoais, vamos investir mais tempo em observar o nosso coração, a nossa mente, os nossos pensamentos, os nossos sentimentos, pois é daí que brotam as coisas boas e ruins na vida de cada um de nós, a máxima socrática aqui é perfeitamente cabível:

“Conhece-te a ti mesmo.” (Sócrates - filósofo grego)

E as palavras do grande apóstolo Paulo, também caem como uma luva nesta questão:

“Examine-se o homem a si mesmo.” (1 Co 11.28)

Uma vez conscientes de onde estamos errando é hora de buscar ajuda para mudar, seja de um orientado profissional, de um amigo mais experiente, de um pastor de confiança ou até mesmo do próprio Deus que através da oração e da sua palavra escrita e aplicada, nos direciona e nos ensina verdades que nós ainda não sabemos, e poderão mudar completamente a nossa vida.
ês fato tem sido decisi
      O mau uso do Poder
Como muitas outras coisas na vida, o poder em si não é mal nem bom, ele é neutro, isto significa que é a forma como vamos usá-lo que o tornará benéfico ou prejudicial, para nós e para as outras pessoas.
O poder cria ou destrói,
O poder une ou separa,
O poder suscita amor ou ódio,
O poder alegra ou entristece,
O poder salva ou condena,
O poder dá vida ou tira a vida...
Tudo depende de quem o detém e da forma como dele se utiliza.

Em alguma proporção, todos nós temos poder, que é a capacidade de agir, deliberar e exercer autoridade sobre pessoas, situações ou ainda cargos e instituições, etc.

A doença se instala na vida de quem detém o poder, quando ele é usado arbitrariamente, por exemplo, no texto de  2 Sm 11. Ali o poder é usado para:

1.    Influenciar negativamente. Davi cobiça a mulher do próximo, e como líder da nação judaica, nos deixa um péssimo exemplo.

2.    Manipular situações ilegalmente. Davi como rei, exige que Batseba venha a ele, mesmo sabendo que esta é uma mulher casada.

3.    Desrespeitar princípios éticos e bíblicos. Davi adultera com Batseba e esta fica gestante.

4.    Abusar da autoridade recebida. Davi tenta encobrir sua mazela, mandando Urias voltar da guerra no meio da peleja, com o sórdido objetivo que este se relacionasse sexualmente com a esposa e encobrisse assim seu ato pecaminoso.

5.    Prejudicar outros para benefício próprio. Davi manda armar um cilada e nela indiretamente, mata Urias, tomando a sua mulher para si.

 “O poder destrói os relacionamentos. Subir, empurrar e derrubar é a linguagem do poder (mal-empregado).”                  
                                                                                 (Richard Foster)

“A maioria de nós, entretanto, nega que este seja o nosso problema. Nãoconseguimos entender. Negar este fato, porém nos deixa numa posição vulnerável. Caminhamos para o fracasso quando nos recusamos a ver que necessitamos de humildade e continuamos abertamente arrogantes.”
                                                                                (Richard Dortch)

B)   O mau uso do dinheiro

O dinheiro e os bens materiais são dádivas de Deus para todos os seus filhos. O nosso Pai tem prazer em nos abençoar materialmente. Se a humanidade aprendesse a administrar com igualdade as riquezas naturais, minerais e econômicas deste planeta chamado Terra, todo ser vivente, não só os homens, mas também a fauna e a flora teriam uma vida de primeira qualidade, pois os recursos que possuímos são inigualáveis. Todavia o amor ao dinheiro, a avareza, e o egoísmo estão dentro do homem com um carro chefe lhes puxando, a ganância.
O apóstolo Paulo advertindo o jovem pastor Timóteo disse: “... o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males... (2Tm 6.10)

Quando alguém passa a idolatrar o dinheiro, que representa todos os demais bens materiais, ele não mede mais consequências para adquiri-lo, ainda que isto ponha em risco a sua integridade física, moral e ética, a sua família, a sua liberdade e até mesmo a sua vida e de outros.

A bíblia é recheada de advertências a não deixar-se levar por este grande impedimento na caminhada com Deus e nos relacionamentos interpessoais.

Exemplos como o de Geazi, que ficou leproso por adquirir com mentiras bens para si (2Rs 5.20-27) e  Judas Iscariotes, que vendeu o Messias (Mt 26. 14-16) entre outros tantos textos sagrados, são para nós exemplos pedagógicos, que demonstram ser este um caminho que uma vez nele, difícil será a volta.

“...e o que foi semeado entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo e a sedução das riquezas sufocam a palavra e fica  infrutífera...”                                                                          (Mt 13.22)

“O que amar o dinheiro nunca se fartará de dinheiro e quem amar a abundância nunca se fartará da renda, mas também isso é vaidade.”
                                                                                                             (Ec 5.10)  

Nunca se esqueça o dinheiro é um ótimo servo, mas um péssimo senhor!

 

C)    O sexo ilícito

Quando Deus criou o homem e em seguida a sua companheira, Ele dotou Adão e Eva de um privilégio que não foi outorgado a nenhum outro ser. Deus deu ao homem o sexo não só como instrumento de procriação mas também como fonte de prazer e complemento afetivo-emocional. Com a queda do homem no Éden, os instintos naturais humanos foram prejudicados e o que vemos hoje são as consequências desta desobediência original a Deus, na sua mais medonha forma.

O homem pós-moderno deu asas a sua imaginação e fechou-se dentro do seuateísmo, hedonismo e relativismo, aonde tudo o que Deus nos deu como limites este removeu, destruiu ou desconsiderou, o resultado portanto é isto que vemos,pedofilia,homossexualismo, prostituição, adultério, fornicação, incesto e até o ser humano se relacionando sexualmente com animais como cães, macacos e outros.

Acredito que a nossa maior luta, como igreja é não só não aderir a tais práticas como também, não agir preconceituosamente contra estes que tais coisas praticam, que devem ser alvo não da nossa ira, ódio ou zombaria e sim amor, compaixão e evangelização, pois por trás de um pederasta, de um pedófilo, de um maníaco do sexo ilícito e explícito, está uma alma tão valiosa para Deus, como a minha e a sua.

Nós nos posicionamos contra o pecado, como fez Jesus, mas nunca contra o pecador, ainda que como ser humano que somos a vontade seja esta.

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna.”
                                                                           (Jo 3.16)

Aproveito o espaço para dizer aos casados que a melhor maneira de você escapar das tentações sexuais é aprender a viver bem com seu cônjuge na área sexual, leia bons livros sobre casamento e sexualidade, discipline seus olhos e mente deixando de ver filmes, revistas e até programas de rádio e televisão, com apelos imorais e sensuais e não nos esqueçamos da internet, com seus sites com conteúdo pornográfico e das salas de bate-papo onde muitos casais tem encontrado a ruína do seu matrimônio, assim estejamos alerta pois todo cuidado é pouco. Não me canso de afirmar que bons relacionamentos não são obra do acaso, mas são construções diárias, realizadas ao longo de meses, anos e às vezes até décadas. Cuide de seus relacionamentos e não deixe que eles se desfaçam, sem que você lute para salva-los.

A busca constante da nossa satisfação pessoal sem levar em conta a importância dos relacionamentos, trás muitas vezes o prejuízo para as pessoas que amamos,porque assim passamos por cima delas e de suas opiniões, conselhos, desejos e vontades, quando atentamos com mais diligência para os relacionamentos,deixamos de ser egoístas, não sendo egoístas, nos tornamos mais equilibradosem nossas ações e reações.

O mandamento de Jesus Cristo acerca dos relacionamentos interpessoais é o seguinte :

 “O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.”
                                                                                (Jo 15.12)                                      

Nenhum comentário:

Postar um comentário