sexta-feira, 20 de junho de 2014

Aprendendo com Jesus, lições sobre o que é importante na vida - Mateus 17

                    
Três episódios distintos e marcantes são relatados por Mateus neste texto que eu gostaria de estuda-los com vocês nesta oportunidade, extraindo deles algumas conexões com a nossa vida.

1.     O primeiro episódio fala da Transfiguração de Jesus. Quando ele sobe a um monte com seu círculo íntimo de amigos, Pedro, Tiago e João e ali manifesta uma aparência não humana, mas divina e gloriosa, na presença de seus amigos. É interessante notar que entre os discípulos de Jesus estes três sempre estavam mais próximos dele. Olhando para a vida de Jesus, nós sempre temos algo a aprender.

Esta lição é muito importante para nossas vidas, que é em primeiro lugar não fazer da solidão ou da personalidade antissocial, uma marca intencional de nossa personalidade. Sei que entre os temperamentos que herdamos de nossos pais e avós, algumas pessoas tem mais dificuldade de se relacionar, porém viver só é muito ruim e até prejudicial para a saúde, busque construir laços afetivos com as pessoas ao seu redor, na vizinhança, na escola, na faculdade, no emprego, na igreja, na vida como um todo.

Jesus sempre reservava um tempo para estar a sós com o Pai, contudo passando este tempo ele se voltava novamente para os relacionamentos. Outra coisa importante é sabermos em quem podemos confiar para trazer para nosso círculo íntimo de amizades. A bíblia diz que existe amigo mais chegado que um irmão, todos precisamos disso, deste tipo de relacionamento, todavia, isso é uma construção diária de doação, entrega e recebimento de afeto, respeito, confiança e amizade.   

2.     O segundo episódio digno de nota neste relato de Mateus, é o do garoto que sofria de ataques e caia no fogo e na água e já tinha quase morrido por isso. O seu pai trouxe para o garoto para os discípulos o curarem, mas eles não conseguiram, Jesus então o libertou e afirmou  que existem certos demônios que sem jejum e oração eles nunca poderiam expulsar.


3.     O terceiro episódio importante aqui é a questão do imposto cobrado por Roma dos judeus. Jesus e Pedro não tinham dinheiro para pagar o imposto e Cristo ordena que Simão Pedro vá até o mar e pesque e Jesus afirma que quando ele pegar o primeiro peixe dentro dele haveria uma moeda que daria para pagar o imposto dele e de Pedro, Pedro obedece e como Jesus falou acontece, ele pesca um peixe e ao abrir a barriga deste encontra uma moeda com a qual paga o imposto dos dois.

O que nós podemos pinçar de lições para a nossa vida destes versículos contidos neste capítulo?

1º Independente de quem você é ou da posição que você ocupa, o que dará um sabor maior a vida, serão as amizades que você construiu e construirá ao longo de sua trajetória. Vs. 1-4 - Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago, e os levou, em particular, a um alto monte. Ali ele foi transfigurado diante deles. Sua face brilhou como o sol, e suas roupas se tornaram brancas como a luz. Naquele mesmo momento apareceram diante deles Moisés e Elias, conversando com Jesus. Então Pedro disse a Jesus: Senhor é bom estarmos aqui. Se quiseres, farei três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias.

·       Jesus é Deus encarnado, Jesus teve parte de sua glória revelada ali no monte, mas o que Jesus sempre valorizou e nos ensina a valorizar são as pessoas ao nosso redor.

·       Portanto tenha projetos para a vida e lute pata implementa-los, mas não deixe de levar pessoas com contigo.

2º No nosso relacionamento com Jesus conforme o conhecermos melhor, não devemos ter medo de Deus e sim respeitosamente ouvi-lo e obedece-lo. Vs. 5-8 - Enquanto ele ainda estava falando, uma nuvem resplandecente os envolveu, e dela saiu uma voz, que dizia: Este é o meu Filho amado em quem me agrado. Ouçam-no! Ouvindo isso, os discípulos prostraram-se com o rosto em terra e ficaram aterrorizados. Mas Jesus se aproximou, tocou neles e disse: Levantem-se! Não tenham medo! E erguendo eles os olhos, não viram mais ninguém a não ser Jesus.

No Reino de Deus três práticas são indispensáveis para obtermos êxito na nossa luta contra o mal. Fé – Oração – Jejum. Vs. 14-21 Quando chegaram onde estava a multidão, um homem aproximou-se de Jesus, ajoelhou-se diante dele e disse: Senhor, tem misericórdia do meu filho. Ele tem ataques e está sofrendo muito. Muitas vezes cai no fogo ou na água. Eu o trouxe aos teus discípulos, mas eles não puderam curá-lo. Respondeu Jesus: Ó geração incrédula e perversa, até quando estarei com vocês? Até quando terei que suportá-los? Tragam-me o menino. Jesus repreendeu o demônio; este saiu do menino e, desde aquele momento, ele ficou curado. Então os discípulos aproximaram-se de Jesus em particular e perguntaram: Por que não conseguimos expulsá-lo? Ele respondeu: Por que a fé que vocês têm é pequena. Eu lhes asseguro que se vocês tiverem fé do tamanho de um grão de mostarda, poderão dizer a este monte: Vá daqui para lá’, e ele irá. Nada lhes será impossível. Mas esta espécie só sai pela oração e pelo jejum.

·       – Acreditar que Deus está caminhando junto com a gente mesmo que não possamos ver, mas temos que perceber pelas suas obras a sua presença.

·       Oração – Fala da intimidade com DeusAlgo que não dá para disfarçar ou temos ou não temos. Leiamos em  Atos 19:11-16 - Deus fazia milagres extraordinários por meio de Paulo, de modo que até lenços e aventais que Paulo usava eram levados e colocados sobre os enfermos. Estes eram curados de suas doenças, e os espíritos malignos saíam deles. Alguns judeus que andavam expulsando espíritos malignos tentaram invocar o nome do Senhor Jesus sobre os endemoninhados, dizendo: Em nome de Jesus, a quem Paulo prega, eu lhes ordeno que saiam! Os que estavam fazendo isso eram os sete filhos de Ceva, um dos chefes dos sacerdotes dos judeus. Um dia, o espírito maligno lhes respondeu: Jesus, eu conheço, Paulo, eu sei quem é; mas vocês, quem são? Então o endemoninhado saltou sobre eles e os dominou, espancando-os com tamanha violência que eles fugiram da casa nus e feridos.

·       Jejum – Fala da abstinência de alimentos sólidos e líquidos Mas hoje eu queria ir mais além neste sentido e dizer que jejum também pode ser não só de alimentos, mas de tudo que destrói a vida, de tudo o que nos afasta de Deus e das pessoas, de tudo o que nos rouba a alegria de viver - Jesus dizia a todos: Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me. Lucas 9:23

No nosso relacionamento com Deus, podemos acreditar e confiar, que ele cuida de nós até nos surpreende, no suprimento de nossas necessidades. Poucas coisas pertubam tanto a alma humana, quanto a falta do dinheiro para suprir necessidades básicas. Existem dois tipos de pregadores e ensinadores extremistas: O primeiro grupo ensina que tudo é espiritual e que basta você contribuir financeiramente com a “Obra de Deus” e todos os seus problemas financeiros irão evaporar. O segundo grupo é totalmente cético com relação a qualquer tipo de ligação entre contribuição financeira para o Reino de Deus e prosperidade material. Eu acredito que não devamos ficar nem em um extremo nem no outro. As escrituras sagradas sempre, desde Gênesis até Apocalipse revelaram que as pessoas que servem a Deus o servem também com ofertas, dízimos e votos voluntários. Sempre estas contribuições para o sustento da obra de Deus foram marcadas por:

·       Amor de quem contribui

·       Gratidão de quem contribui

·       Alegria de quem contribui

·       Fidelidade de quem contribui

·       Renuncia de quem contribui

·       Responsabilidade de quem contribui

·       Obediência de quem contribui

·       Fé de quem contribui

·       Generosidade de quem contribui

·       Liberalidade de quem contribui

Sem estes requisitos, as contribuições, das pessoas para a expansão do Reino de Deus, se tornam muito “pobres” e sem sentido.

Da parte de Deus, que recebe as contribuições para sua causa, como parte do culto a ele, sempre houve:

·       Reconhecimento da contribuição e como tal prosperidade para o ofertante como resposta da atitude do coração do adorador – entenda que prosperidade nem sempre significa riquezas materiais. Prosperidade (do latim prosperitate) refere-se à qualidade ou estado de próspero, que, por sua vez, significa ditoso, feliz, venturoso, bem-sucedido, afortunado (Novo Dicionário Eletrônico Aurélio, versão 5.0, e Dicionário Houaiss da língua portuguesa, 2001.). Também pode designar um período de ascensão econômica.

·       Alegria de ver seus filhos comprometidos com seu Reino e sua expansão.

·       Recompensas e providências sempre muito além daquilo que seu povo pensava ou imaginava. Deus sempre faz por nós de forma gratuita muito além daquilo que podemos retribuir.
Nos evangelhos, fica claro que Pedro desde que foi chamado para ser pescador de homens por Jesus, deixara o seu ofício e passara a viver do que Deus a cada dia o providenciava: - Andando à beira do mar da Galiléia, Jesus viu Simão e seu irmão André lançando redes ao mar, pois eram pescadores. E disse Jesus: Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens. No mesmo instante deixaram as redes e o seguiram. Marcos 1:16-18

Aqui fica claro nesta passagem, onde Mateus relata sobre os impostos, o cuidado de Deus para com aqueles que confiam a ele suas vidas, nesta oportunidade o alvo deste cuidado foi Pedro o ex - pescador. Vs. 24- Quando Jesus e seus discípulos chegaram a Cafarnaum, os coletores do imposto de duas dracmas vieram a Pedro e perguntaram: O mestre de vocês não paga o imposto do templo? Sim, paga, respondeu ele. Quando Pedro entrou na casa, Jesus foi o primeiro a falar, perguntando-lhe: O que você acha, Simão? De quem os reis da terra cobram tributos e impostos: de seus próprios filhos ou dos outros?  Dos outros, respondeu Pedro. Disse-lhe Jesus: Então os filhos estão isentos. Mas, para não escandalizá-los, vá ao mar e jogue o anzol. Tire o primeiro peixe que você pegar, abra-lhe a boca, e você encontrará uma moeda de quatro dracmas. Pegue-a e entregue-a a eles, para pagar o meu imposto e o seu.

O cuidado de Deus para conosco – A Teologia reformada chama isto de Providência Divina.

DEFINIÇÃO:

·       Divina Providência, ou simplesmente Providência, é um termo teológico que se refere ao poder supremo, superintendência, ou agência de Deus sobre eventos na vida das pessoas por toda a história.

·       É a influência de Deus no futuro, onde ele decide o que irá acontecer no futuro e que nada acontece sem que Deus permita.

·       Providência Divina é o meio pelo qual Deus governa todas as coisas no universo. Fonte: www.pt.wikipedia.org/wiki/Providência_divina

·       A doutrina da providência divina afirma que Deus tem controle completo de todas as coisas. Isso inclui o universo como um todo (Salmos 103:19), o mundo físico (Mateus 5:45), as transações das nações (Salmos 66:7), nascimento e destino humanos (Gálatas 1:15), sucessos e fracassos humanos (Lucas 1:52), e a proteção do seu povo (Salmos 4:8). Essa doutrina se mantém em direto contraste à ideia de que o universo é governado por sorte ou acaso.

·       O propósito, ou objetivo, da providência divina é realizar a vontade de Deus. Para garantir que seus propósitos vão ser cumpridos, Deus governa os negócios dos homens e trabalha através da ordem natural das coisas. As leis da natureza são nada mais do que uma descrição de Deus trabalhando no universo. As leis da natureza não têm nenhum poder em si mesmas, nem trabalham independentemente; elas são regras e princípios que Deus estabeleceu para governar como as coisas funcionam.

 CONCLUSÃO

Com Jesus aprendemos

1.     Sobre a importância dos relacionamentos na vida.

2.     Sobre a importância da fé, da oração e do jejum no combate contra o mal.

3.     Sobre o cuidado de Deus para com a nossa vida.

 Autor: Pastor Davi Alencar Santana

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