Tem sociólogos que dizem que a família não passa de uma invenção
da burguesia e das classes dominantes para manter suas posses. Uma das
propostas do comunismo era acabar com esta instituição chamada família,
separando as pessoas e tentando torna-las todas juntas uma “única família
nacional” e posteriormente dentro de suas propostas, uma “família global”. O
comunismo nunca conseguiu acabar com as famílias porque a família é na verdade,
uma instituição divina (Gn
2.18-24),
embora tenha apresentado pequenas variações ao longo do tempo e nas diversas
culturas, de um jeito ou de outro, os laços de sangue sempre foram algo muito
forte. Cremos firmemente na Palavra de Deus, que pode ensinar muito sobre a
vida familiar. Os ataques antigos e modernos contra a família devem ser
vencidos e analisados à luz da Palavra de Deus. Deus é o verdadeiro originador
da instituição familiar e não meramente a burguesia ou outra classe social
qualquer.
O que é a família? Qual é a sua função? O que as Escrituras
Sagradas falam sobre a família? Existem padrões bíblicos para essa instituição?
Por que Deus se interessa tanto por ela? Essas são perguntas de extrema
importância, pois a vida familiar é um assunto abordado de diversos modos na
Bíblia Sagrada, e conhecer o que ela diz sobre o assunto é de fato essencial. Quando
o homem surge na Terra ele surge como um núcleo familiar, formado pelo homem e
mulher, com potencialidade para gerar novos seres à sua semelhança. O homem é
por natureza um ser social, ou seja, vive em grupo. Dentro do
agrupamento ele tende a formar um núcleo menor, que funciona como uma célula do
grupo maior que á a sua família.
1.2 O PRIMEIRO OBJETIVO DA CRIAÇÃO DA FAMÍLIA ERA CRIAR UMA CONVIVÊNCIA
AMOROSA PARA SEUS MEMBROS
A natureza do homem é social. Deus criou-o para viver em grupo. As nações são
unidades maiores que vão se subdividindo até chegar ao núcleo familiar, que é
formado pelo casal com seus filhos. Esta simples formação é perfeitamente
adequada para atender a uma das principais necessidades do ser humano, que á a
necessidade de ser amado e de pertencer. Mesmo nos indivíduos mais cruéis
permanece essa carência por afeição. Por isso não há nada de estranho quando
vemos alguém completamente bruto em suas atitudes ansiando por carinho como se
fosse uma criança. Isso faz parte da natureza humana. Por isso vários modelos
de família que os homens artificialmente tentaram criar falharam em preencher
essa necessidade de afeição. A psicologia bem sabe a importância do amor. A
amamentação da criança não é só uma questão de nutrição, mas contato afetivo. Assim
como carências nutritivas na infância podem causar danos ao organismo pelo
resto da vida, o mesmo se pode dizer da carência afetiva. A relação de amor
entre um homem e sua esposa, filhos crescendo dentro desse ambiente de amor é a
constituição ideal planejada por Deus para o ser humano. Esse foi um dos
propósitos de Deus na criação da família.
1.2 O SEGUNDO OBJETIVO DA CRIAÇÃO DA FAMÍLIA: PROVER PROTEÇÃO E COOPERAÇÃO
PARA CUIDAR DA CRIAÇÃO
A Terra é o lar do homem que Deus lhe deu, como escreveu o
salmista: “Os céus são os céus do Senhor; mas a terra a deu aos filhos dos
homens” (Sl 115.16). Aqueles que
acham que o trabalho é uma conseqüência da queda se enganam. Trabalhar e cuidar
da terra foram tarefas entregues ao homem antes da grande catástrofe do Éden. Dominar
a Terra e sujeitá-la era a sua missão. A diferença é que após a queda esse
trabalho se tornou penoso. Quando olhamos a primeira família, sabemos que “Abel
foi pastor de ovelhas, e Caim lavrador da Terra” (Gns 4.2). Era através dessa organização familiar que o trabalho de
sujeição da Terra deveria ser levado adiante. A ideia era que as famílias
trabalhassem para cultivar a terra e fazê-la produzir. Com o crescimento
populacional e a multiplicação dos núcleos familiares, a organização
populacional foi adquirindo proporções imensas e já não é possível mais distinguir
o núcleo familiar envolvido no trabalho. Outra característica importante das
famílias, é que elas existiam pra se autoproteger, depois surgiram as tribos e
depois as nações com o mesmo propósito, sempre carregando a ideia que juntos
somos mais forte e produtivos. Se o homem fosse um ser solitário que não agisse
para proteger sua prole, garantir a sobrevivência de seu núcleo familiar, a
humanidade não subsistiria.
1.3 O TERCEIRO OBJETIVO DA CRIAÇÃO DA FAMÍLA: A MULTIPLICAÇÃO E
PERPETUAÇÃO DA ESPÉCIE
Crescer e se multiplica, foi um dos primeiros mandamentos dados ao
homem. Era necessário povoar a Terra. Também aqui neste ponto há distorções dos
que não conhecem a Palavra de Deus. O sexo nada tem a ver com a queda. Ele não
passou a existir depois dela e nem mesmo foi a causa da queda do homem. Visto
ser o ato sexual a única forma criada por Deus para dar origem a outro ser
humano, ele fazia parte dos planos de Deus desde o inicio. Como seria essa
multiplicação da humanidade caso não houvesse queda e consequentemente a morte
é difícil definir com precisão, embora possamos interferir muita coisa a partir
das Escrituras. Mas a verdade é que ela aconteceria de qualquer forma. Somente
a perversão sexual foi consequência da queda, e não o sexo em si. Logo , originar outras
famílias era projeto de Deus desde o inicio.
A ordem de crescer e multiplicar-se, não era um mandamento que
todo casal obrigatoriamente deveriam ter filhos. Também não era, de forma
alguma, um mandamento contra qualquer método contraceptivo. Não ter filhos não
é pecado. Todavia é importante estar ciente que uma das razões de Deus ter
criado o casamento foi para que, através dele, fossem geradas novas vidas e a
humanidade viesse a se multiplicar na Terra e sujeitá-la. Prova clara desse
propósito era a chamada “lei do levirato”, em que Deus ordenava ao
irmão casar com a cunhada viúva para que seu irmão não ficasse sem descendente.
Porém, a redução da taxa de natalidade hoje é até mesmo um ato de
sabedoria diante das novas condições demográficas. Deus falou a Adão e a Eva
quando havia apenas um casal no mundo. Hoje há cerca de sete bilhões de pessoas
na Terra. Contudo, se todas as famílias da terra optassem por não ter filhos
significaria a extinção da raça humana, o que com certeza seria errado. Se o
mandamento não obriga a uma multiplicação discriminada e sem limites, também
deixa clara a função produtora da família. Equilíbrio e reflexão deve ser postura
a ser adotada pela família cristã na concepção de novos bebês.
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