Na
bíblia nós temos quatro narrativas da vida de Jesus chamadas de Evangelhos. Mateus,
Marcos, Lucas e João se esforçaram no sentido de retratar a vida, a obra, os
milagres, a missão e os sofrimentos de Cristo.
Cada
escritor que se propôs a escrever sobre a vida de Jesus, o fez com propósitos
diferentes e com motivações diferentes, estilos diferentes e em épocas
diferentes.
Cada
qual em seu estilo buscou analisar e transmitir para um público distinto aquilo
que percebeu, descobriu, viveu, ou ainda pesquisou acerca daquele que se
declarou em verdade, como o Messias aguardado por Israel. Segundo a tradição
judaico-cristã, Mateus também conhecido como Levi e que foi um dos doze apóstolos
de Jesus, escreveu para seu compatriotas hebreus, com o intuito de entatizar,
para eles, que o homem que andou na Galiléia, Judeia e Samaria por 33 anos
fazendo o bem, era o Messias aguardado pelos seus irmãos.
Através
de correlacionar as profecias do Antigo Testamento com os fatos da vida
cotidiana de Jesus, o ex – cobrador de impostos, Mateus, vai afirmando e
reafirmando para uma nação que ainda vivia sob a forte influência do legalismo
em que descambou os estatutos divinos, mal interpretados pelas seitas judias
dos fariseus, saduceus e outros, que Jesus era o Cristo e não apenas isso ele
era o EMANUEL, que significa Deus conosco. E isto ele narra que foi dito a José
em sonhos quando este intentava abandonar Maria enquanto estavam “noivos”
porque descobriu que ela esta gestante e imaginando com certeza que ela havia
fornicado, tentou ir embora sem despertar a atenção alheia para ela, assumindo
até a possível culpa de te-la engravidado e fugido. Um anjo apareceu para ele e
disse que sua mulher carregava o Messias prometido e seria gerado pelo Espírito
Santo, e não era para ele abandona-la porque ele seria Deus com os homens.
Depois
de cerca de dois mil anos aqui estamos
nós, refletindo sobre a “encarnação do verbo de Deus”, um dos maiores mistérios
já revelados ao homem. Deus veio tabernacular conosco, Deus veio morar com o
pecador, deus veio estar e ser presente em “carne e osso” entre nós.
Quando
penso nisto chego a algumas conclusões que me confortam e animam a alma:
Primeiro
mesmo em meio a tanto caos social, político, econômico e religioso, tenho uma
certeza, não estamos sós, pois antes de ir embora, Jesus nos prometeu, “estarei
convosco todos os dias até a consumação dos séculos...”Mt 28.20. Nisto me
alegro porque temos com quem contar na hora do diagnóstico da doença crônica,
do ente querido frio no caixão, da prematura
perda de um filho, da catástrofe natural que leva os
bens de toda uma vida. Podemos chorar, lamentar e até pedir socorro, porque não
estamos sós. Temos um EMNUEL, Deus está conosco!
Segundo,
todos os deuses são obra das mãos dos homens, tem boca, ma não falam, tem ouvidos mas, não ouvem, tem olhos, mas não veem.
Nosso Deus é diferente, ele está com a gente. A cada infortúnio que a vida nos
reserva ele tem um socorro bem presente para nós e sua presença nos ajuda passarmos
os processos doloridos e reconstruirmos a vida com dignidade esperança. A suas
mãos estão sobre nós, seu olhar nos acompanha e seus pés andam do lado dos
nossos. Deus está conosco!
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